Petroleiros do Litoral Paulista aprovam adesão à greve geral


Publicado em: 6 de junho de 2019

Movimento

Leandro Olímpio, de Santos, SP

Esquerda Online

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Em assembleia na noite da última terça-feira (4), petroleiros e petroleiras do Litoral Paulista aprovaram por ampla maioria de votos a adesão à greve geral de 14 de junho contra a reforma da Previdência. Em plena campanha reivindicatória, a categoria também votou a primeira proposta de ACT (Acordo Coletivo de Trabalho) apresentada pela direção da empresa.

Com reajuste zero no salário e uma brutal retirada de direitos, que visa facilitar a venda das refinarias e o desmonte da companhia, a proposta foi rejeitada pela esmagadora maioria. Há consenso de que a proposta apresentada já nasceu morta e caiu como uma ofensa aos trabalhadores.

Com bom público e muito representativa, com a participação de petroleiros aposentados, pensionistas e ativos de todas as bases e diversos setores, a assembleia confirmou o que já se esperava. A categoria petroleira, que compareceu em peso nos atos em defesa da educação nos dias 15 e 30 de maio, em Santos, tem sido um setor importante do processo de resistência aos ataques do governo Bolsonaro.

Confira o vídeo da assembleia https://www.youtube.com/watch?v=2DDxi28NcDM

Além da luta contra os cortes na educação e contra a reforma da previdência, a categoria também enfrenta a tentativa de privatização da Petrobrás. O desafio não é pequeno, uma vez que sem o apoio dos demais trabalhadores e população não será possível barrar o desmonte da empresa, que tem no anúncio recente de venda de oito refinarias um dos seus mais graves ataques.

Fábio Mello, diretor do Sindipetro-LP, afirma que o desafio enfrentado pela categoria tão ou mais difícil que o encarado nas greves da década de 1990, especialmente em 1995. “Mas a categoria é forte, tem tradição de luta e demonstrou que sobra disposição para lutar contra a privatização da Petrobrás, a destruição do nosso acordo coletivo e a reforma da previdência. Vai ter luta!”, afirmou.

O Brasil vai parar e as unidades da Petrobrás, na Baixada Santista e Litoral Norte, amanhecerão com os trabalhadores do lado de fora, de braços cruzados.

 

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